Justiça não deixará abuso dos vereadores cair no esquecimento e na impunidade
Van Gogh entregou material da viagem à Polícia Federal |
Vereador João Angola |
Vereador Ricardo Gusmão |
Ao contrário do que os vereadores João Angola (DEM) e Ricardo Gusmão (PSC) imaginam, a viagem que ambos realizaram, no ano passado, a Barretos, para participar da 54ª Festa do Peão de Boiadeiro, poderá trazer-lhes enormes dores de cabeça. O episódio, que está sendo investigado pelo Ministério Público, na Comarca de Caratinga, também está na alça de mira da Polícia Federal.
Segundo o presidente da Câmara de Vereadores Voluntários, Luiz Carlos Vicente, o Van Gogh, todo o material referente à viagem a Barretos foi encaminhado à delegada Tatiana Alves Torres, do Departamento de Polícia Federal, em Belo Horizonte.
Ele esclarece que a delegada já investigava outra denúncia da Câmara de Vereadores Voluntários, contra o vereador João Angola, feita em fevereiro de 2006, junto ao Ministério Público, na qual, entre outras possíveis irregularidades, constava uma viagem a São Paulo, com o carro da Câmara Municipal de Caratinga, que acabou sendo roubado.
De acordo com Van Gogh, a Promotoria Pública acabou enviando o processo onde havia denúncias, também, de crime eleitoral, à Procuradoria da República em Minas Gerais, que solicitou à Polícia Federal a sua investigação. Desde então, como ele informa, a Polícia Federal vem investigando o caso e chegou a enviar agentes a Caratinga, que ouviram diversas pessoas.
No início de abril, Van Gogh recebeu uma intimação da delegada Tatiana Torres, para comparecer à Superintendência Regional de Polícia Federal, em Belo Horizonte, no dia 27 daquele mês, para prestar esclarecimentos.
Na ocasião, após relatar os fatos referentes à primeira denúncia, Van Gogh informou à delegada sobre o episódio da viagem de João Angola e Ricardo Gusmão a Barretos, ocorrida no final de agosto do ano passado, perguntando-lhe se poderia enviar todas as matérias publicadas por A Semana, sobre o fato, para que fossem anexadas ao seu depoimento, o que foi consentido.
Com isso, Van Gogh enviou à delegada Tatiana Torres as matérias, nas quais o jornal denuncia a viagem dos vereadores João Angola e Ricardo Gusmão a Barretos, que foram anexadas ao depoimento e todo o material foi encaminhado à Procuradoria da República.
De acordo com Van Gogh, a Promotoria Pública acabou enviando o processo onde havia denúncias, também, de crime eleitoral, à Procuradoria da República em Minas Gerais, que solicitou à Polícia Federal a sua investigação. Desde então, como ele informa, a Polícia Federal vem investigando o caso e chegou a enviar agentes a Caratinga, que ouviram diversas pessoas.
No início de abril, Van Gogh recebeu uma intimação da delegada Tatiana Torres, para comparecer à Superintendência Regional de Polícia Federal, em Belo Horizonte, no dia 27 daquele mês, para prestar esclarecimentos.
Na ocasião, após relatar os fatos referentes à primeira denúncia, Van Gogh informou à delegada sobre o episódio da viagem de João Angola e Ricardo Gusmão a Barretos, ocorrida no final de agosto do ano passado, perguntando-lhe se poderia enviar todas as matérias publicadas por A Semana, sobre o fato, para que fossem anexadas ao seu depoimento, o que foi consentido.
Com isso, Van Gogh enviou à delegada Tatiana Torres as matérias, nas quais o jornal denuncia a viagem dos vereadores João Angola e Ricardo Gusmão a Barretos, que foram anexadas ao depoimento e todo o material foi encaminhado à Procuradoria da República.
Nota fiscal da hospedagem é fria |
Tudo indica que o fato dos vereadores terem devolvido à tesouraria da Câmara Municipal de Caratinga o dinheiro da despesa da viagem que realizaram a São Paulo, entre os dias 21 e 25 de agosto de 2009, não irá livrá-los de punição.
Além da devolução do dinheiro só ter ocorrido em decorrência da denúncia feita pelo jornal A Semana, mais de 60 dias após a viagem, João Angola e Ricardo Gusmão apresentaram uma “nota fria”, para justificar as despesas de hospedagem e alimentação.
Os vereadores insistem em afirmar que a nota fiscal entregue à tesouraria da Câmara, não é fria, porém, fica muito fácil provar que eles mentem e que a nota foi emitida para justificar as despesas feitas em Barretos.
Na nota fiscal, no valor de R$ 1.520,00, emitida pela Hospedaria Belamy, com data de 25 de agosto - dia em que retornaram para Caratinga -, constam as diárias e a despesa de alimentação.
João Angola e Ricardo Gusmão confirmaram que estiveram em Barretos, participando da tradicional Festa do Peão. Os recibos de pedágio e a relação das ligações telefônicas feitas pelos celulares dos vereadores provam que eles deixaram a capital paulista no final da tarde do dia 21, em direção a Barretos, aonde chegaram por volta de meia noite. Assim sendo, como eles conseguiriam retornar a São Paulo, 440 quilômetros distante de Barretos, para pernoitar na Hospedagem Belamy?
Além disso, não existe nenhum recibo de pedágio, nos dias 22 e 23 de agosto. Desta forma, como eles conseguiram retornar a São Paulo nestes dias, para dormirem na Hospedagem Belamy? Se regressaram à capital paulista de ônibus, numa viagem que dura seis horas e meia, deixando o confortável Corolla em Barretos, onde estão as passagens? Por trem não teriam como fazê-lo, uma vez que desde 1998 não existe mais o tráfego de trens de passageiros entre Barretos e São Paulo. Será que usaram avião ou helicóptero?...
A própria gerente da Hospedagem Belamy, em conversa com a reportagem de A Semana, na época em que a “farra” foi denunciada por A Semana, confirmou não existir o registro dos vereadores no hotel.
Além da devolução do dinheiro só ter ocorrido em decorrência da denúncia feita pelo jornal A Semana, mais de 60 dias após a viagem, João Angola e Ricardo Gusmão apresentaram uma “nota fria”, para justificar as despesas de hospedagem e alimentação.
Os vereadores insistem em afirmar que a nota fiscal entregue à tesouraria da Câmara, não é fria, porém, fica muito fácil provar que eles mentem e que a nota foi emitida para justificar as despesas feitas em Barretos.
Na nota fiscal, no valor de R$ 1.520,00, emitida pela Hospedaria Belamy, com data de 25 de agosto - dia em que retornaram para Caratinga -, constam as diárias e a despesa de alimentação.
João Angola e Ricardo Gusmão confirmaram que estiveram em Barretos, participando da tradicional Festa do Peão. Os recibos de pedágio e a relação das ligações telefônicas feitas pelos celulares dos vereadores provam que eles deixaram a capital paulista no final da tarde do dia 21, em direção a Barretos, aonde chegaram por volta de meia noite. Assim sendo, como eles conseguiriam retornar a São Paulo, 440 quilômetros distante de Barretos, para pernoitar na Hospedagem Belamy?
Além disso, não existe nenhum recibo de pedágio, nos dias 22 e 23 de agosto. Desta forma, como eles conseguiram retornar a São Paulo nestes dias, para dormirem na Hospedagem Belamy? Se regressaram à capital paulista de ônibus, numa viagem que dura seis horas e meia, deixando o confortável Corolla em Barretos, onde estão as passagens? Por trem não teriam como fazê-lo, uma vez que desde 1998 não existe mais o tráfego de trens de passageiros entre Barretos e São Paulo. Será que usaram avião ou helicóptero?...
A própria gerente da Hospedagem Belamy, em conversa com a reportagem de A Semana, na época em que a “farra” foi denunciada por A Semana, confirmou não existir o registro dos vereadores no hotel.
Portanto está mais do que provado que Angola e Gusmão mentem, descaradamente, quando tentam sustentar que a Nota Fiscal nº 10474 da Hospedagem Belamy é verdadeira. Ela foi realmente “fabricada”, para cobrir as despesas feitas pelos vereadores em Barretos, onde ficaram de 21 a 24 de agosto.
Fonte: A Semana Agora
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