quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

“Procurarei investir em profissionais capacitados para que o Hospital ofereça atendimento em várias especialidades”, afirma Valtinho em entrevista ao BWC

Valtinho no dia da diplomação ao lado da
esposa Dra Karina
O Blog do Willian Chaves traz com exclusividade a primeira entrevista do novo prefeito de Matipó, já diplomado, Valter Mageste de Ornelas, conhecido popularmente como Valtinho Diretor. Vencedor nas eleições de 2016, Valtinho assume a prefeitura no próximo dia 1º de janeiro em cerimônia na Câmara de Vereadores, a partir das 10h.

Com uma campanha atípica que resgatou a participação popular, Valtinho derrotou Sebastião Gardingo, prefeito da cidade por duas vezes e principal nome do grupo que comanda atualmente o Executivo da cidade. Na disputa, pouca poluição visual e muita disposição de eleitores e correligionários que promoveram uma agenda de caminhadas e reuniões pela cidade.

Valtinho lembrou que percorreu todo o município nos últimos quatro anos e que conhece de perto os problemas dos matipoenses. O novo prefeito vai enfrentar graves problemas na saúde e infraestrutura urbana do município. Terá o desafio de recuperar a fama de 100% Saúde e Saúde Nota 10 que foram as marcas do seu companheiro de chapa e vice-prefeito eleito Joaquim Bifano Magalhães (Joaquim do Nenego), prefeito da cidade entre os anos de 2001 e 2008.

Entre muitos temas, Valtinho fala sobre saúde, retomada do hospital, meio ambiente, cultura, educação e agricultura. Confira!

BWC - Qual a emoção de ter recebido 6.489 votos (51,73%) e ter a oportunidade de governar a cidade de Matipó a partir de 1º de janeiro?

Valtinho - Foi uma emoção diferente de todas que já senti, porque foi a realização de um sonho. Diferente, porque 6.489 cidadãos me escolheram como representante, depositando em mim toda confiança, na esperança de que juntos possamos construir uma Matipó melhor para todos.

BWC - Nesses quatro anos de caminhada, o que mais te chamou a atenção no município?

Valtinho - O que mais me chamou a atenção foi o carinho com que as pessoas me receberam em suas casas.

BWC - Qual será a primeira ação do Prefeito Valtinho à frente da Prefeitura?

Valtinho - Proporcionar atendimento médico de qualidade a toda população de Matipó e Padre Fialho.

Valtinho e Joaquim do Nenego
BWC - Seu plano de governo fala de investimentos em várias áreas. Qual área, na sua opinião, do município merece mais atenção?

Valtinho - Sistema de Saúde.

BWC - A saúde da cidade está um caos, o hospital não funciona, o atendimento básico é restrito. Como você pretende reverter esse quadro? Na sua gestão o Hospital será reaberto com atendimento em várias especialidades? Ou apenas funcionará o Pronto Socorro do SUS?

Valtinho - Procurarei investir em recursos humanos trazendo profissionais capacitados para que o Hospital ofereça atendimento em várias especialidades médicas.

BWC - Matipó é uma cidade muito carente de atividades culturais. O que o prefeito tem em mente para a cultura? A Casa de Cultura voltará a ter atrações para as crianças como cursos de música, instrumentos, dança, entre outros? A população pode esperar uma grande festa de exposição?

Valtinho - Investirei em projetos culturais, considerando a cultura local, como também abrirei um leque de oportunidades a todas as manifestações culturais. Quanto à Festa de Exposição não ficarei restrito apenas a exposição agropecuária, promoverei uma agenda de festas que deverão ser realizadas no Parque de Exposição. Ex.: Carnaval, Festa do Trabalhador, Exposição Agropecuária, Aniversário da Cidade, Festa Junina, entre outros eventos.

BWC - O país está mergulhado em uma grave crise econômica que impacta diretamente nos municípios com a diminuição dos repasses. Quais alternativas seu governo buscará para minimizar esse impacto e garantir investimentos na cidade?

Valtinho - Uma das principais alternativas é trazer capital externo como garantia do desenvolvimento local.

BWC - O distrito de Padre Fialho cresceu muito nos últimos anos. Quais os investimentos prioritários da sua gestão para o local?

Valtinho - Saúde, infraestrutura e segurança pública.

Valtinho durante a campanha 2016
BWC - Emprego: Os jovens de Matipó muitas vezes têm que sair da cidade em busca de emprego. A qualificação da mão de obra vem aumentando e as exigências de mercado também. Na sua gestão, você considera atrair empresas para a cidade? Já tem alguma estratégia em mente?

Valtinho - Dentro da legalidade, procurarei isentar empresas de alguns impostos para atraí-las e aumentar o número de empregos.

BWC - Educação: O fechamento de escolas, principalmente na zona rural, prejudicou o acesso ao ensino a muitas crianças do município. Você pretende reabrir essas escolas? Mesmo sabendo que muitas dessas unidades necessitam de reformas na estrutura dos prédios?

Valtinho - Investirei na excelência do material didático nas escolas já existentes, dando total apoio ao transporte escolar de qualidade, não justificando assim reabri-las.

BWC - Matipó é uma cidade muito dependente da atividade agropecuária. O prefeito Valtinho terá um olhar especial para esta área?

Valtinho - Com certeza, a EMATER dará total assistência ao produtor rural, reforçando a nossa principal atividade “cafeicultura” e proporcionando a entrada de várias culturas, dando ênfase à agricultura familiar.

BWC - Como você pretende se relacionar com a Câmara Municipal?

Valtinho - Da melhor forma possível, seremos parceiros, o Poder Executivo e Legislativo unidos com o mesmo objetivo: trabalhar pelo progresso de Matipó e Padre Fialho.

BWC - Meio Ambiente: a seca dos últimos tempos revelou uma triste realidade do Rio Matipó. Como a prefeitura pode atuar para melhorar esse quadro e garantir o rio vivo e com água de qualidade para a população?


Valtinho - O primeiro passo é o reflorestamento de todas as nascentes, em seguida a educação ambiental em larga escala e posteriormente dragar o Rio Matipó.

Willian Chaves (este material pode ser reproduzido desde que citada a fonte)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Samarco busca autorizações para dar continuidade aos negócios

O novo sistema de disposição de rejeitos utilizando a cava de Alegria Sul, proposto em processo de licenciamento junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), é um dos passos do planejamento operacional da Samarco. Localizada em Ouro Preto (MG), no Complexo Industrial Germano-Alegria, a estrutura proporciona segurança por utilizar um espaço confinado, dispensando a construção de barragem como a de Fundão, que se rompeu no dia 5 de novembro de 2015.

A cava de Alegria Sul é uma alternativa temporária e permitirá a disposição de rejeitos em um futuro retorno das operações com 60% da capacidade produtiva. Com esse ritmo de produção, a empresa consegue gerar fluxo de caixa necessário para manter empregos e contribuir para o desenvolvimento das economias dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, assim como do País.

A disposição de rejeitos na cava tem a anuência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), autarquia federal vinculada ao Ministério de Minas e Energia. De acordo com nota técnica emitida pelo órgão em 21 de novembro deste ano, “a solução proposta é extremamente segura, uma vez que se trata de disposição em cava proporcionando confinamento do rejeito”.

Além de utilizar uma cavidade já existente no solo, a estrutura contará ainda com um dique de 10 metros de altura feito em solo compactado, resultando em uma capacidade total de armazenamento de 17 milhões de metros cúbicos de rejeito. Isso garantirá um horizonte de cerca de dois anos para as operações da Samarco.

Durante esse período, a empresa intensificará os estudos em busca de alternativas para médio e longo prazos. As opções em análise contemplam estruturas disponíveis e já ambientalmente impactadas na região do Complexo de Germano e novas tecnologias de tratamento do rejeito.

Busca da confiança

Desde o rompimento da barragem de Fundão, a Samarco adotou medidas emergenciais e iniciou o planejamento de longo prazo para alcançar a recuperação e compensação socioambiental. Também foi firmado um Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) entre Samarco, Vale e BHP Billiton com os governos Federal, de Minas Gerais e Espírito Santo em março de 2016, no qual são estabelecidos programas socioeconômicos e ambientais de reparação e recuperação. Esses programas passaram a ser conduzidos pela Fundação Renova, que foi criada com a assinatura do TTAC.

“Esse período foi de intenso aprendizado para a Samarco, que reconhece ter provocado grandes impactos sociais, ambientais e econômicos. Após um ano com as operações paralisadas, precisamos voltar a operar para continuarmos honrando os compromissos assumidos. Além disso, poderemos contribuir para a geração de empregos e a reativação das economias estaduais e do Brasil. A aceitação social, representada pelo consentimento da sociedade ao retorno das operações da empresa, é tão importante quanto obter as licenças técnicas”, afirma o diretor-presidente da Samarco, Roberto Carvalho. 

Primeira fase

O licenciamento da cava de Alegria Sul para dispor rejeitos é uma das etapas do planejamento operacional da Samarco. No entanto, não é suficiente para a empresa voltar a operar. Ainda será necessário obter a Licença Operacional Corretiva (LOC), que irá integrar em uma única licença ambiental todas as estruturas existentes no Complexo de Germano. A LOC foi solicitada pela Semad para assegurar a viabilidade ambiental do empreendimento.

Caso a Samarco obtenha a aprovação das licenças, o planejamento operacional da empresa prevê uma primeira fase de operação com 60% da capacidade, produzindo 18 milhões de toneladas de pelotas por ano. No Plano Integrado de Aproveitamento Econômico, protocolado no DNPM, a empresa previu uma produção de aproximadamente 36,7 milhões de toneladas de minério nos dois primeiros anos.

Atualmente, a empresa possui reservas de 2,86 bilhões de toneladas de minério no Complexo de Germano, em Mariana e Ouro Preto. Esse volume e a infraestrutura de transporte de três minerodutos mais as quatro usinas pelotizadoras no Espírito Santo garantem condições de a Samarco continuar operando com competitividade no mercado internacional, caso consiga a aprovação dos órgãos ambientais.

empresa está com suas atividades paralisadas há mais de 12 meses, desde o rompimento da barragem. Com o atraso na retomada das atividades da Samarco, o que implica uma perda de R$ 4,4 bilhões de faturamento direto e indireto na cadeia de produção da companhia em 2017 – valor correspondente a 1% do PIB do Estado mineiro –, o governo deixa de arrecadar R$ 989 milhões em impostos federais, estaduais e municipais.

Esse total, projetado para 2017, representa quase o dobro de todo o gasto público dos municípios de Mariana/MG, Ouro Preto/MG, Anchieta/ES e Guarapari/ES em saúde, educação, saneamento e transporte. Os números constam de levantamento da Tendências Consultoria Integrada, divulgado nesta semana.

A Samarco também teve que reduzir o quadro de pessoal. Foram dispensados 924 empregados por meio de um Plano de Demissão Voluntária e 153 em um Plano de Demissão Involuntária.

O estudo produzido pela Tendências Consultoria Integrada concluiu que a continuada paralisação da Samarco colocará em risco quase 20 mil vagas diretas e indiretas de emprego. Minas Gerais será o Estado mais afetado, com impacto potencial de 14.531 vagas, enquanto o Espírito Santo poderá deixar de contar com 4.111 vagas.

Sem estes postos de trabalho, o estudo apontou que a perda da massa de renda em um ano pode chegar a R$ 1,2 bilhão, valor que representa 4,6% do orçamento do Bolsa Família em 2016. O estudo também mostra que, no longo prazo, a perda da massa de renda acumulada chega a R$ 13 bilhões em 10 anos.
Samarco em números

Em 2015, ano do rompimento da barragem de Fundão, a Samarco produziu 24,9 milhões de toneladas, sendo 97% em pelotas e 3% em finos de minério de ferro. Naquele ano, a companhia foi a 12ª maior exportadora do Brasil e gerou 3.027 empregos diretos, dos quais 1.736 em Minas Gerais e 1.291 no Espírito Santo.

A operação da Samarco poderá garantir a manutenção dos empregos na empresa, a criação de postos de trabalho na cadeia de fornecedores e um novo impulso às economias mineira e capixaba, com reflexos na balança comercial brasileira.

 A receita da empresa, quando estava em operação, correspondia a 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo e a 1,5% do PIB de Minas Gerais. Esses números se traduziram em compras de R$ 5,5 bilhões em 2014 e 2015, o que contribuiu para atenuar os efeitos da crise econômica.

Na época do rompimento de Fundão, a Samarco tinha uma cadeia de fornecedores que envolvia 7 mil empresas, dos quais 41% na área da unidade de Ubu, em Anchieta, no Espírito Santo, e em Mariana, Minas Gerais.

Sobre a Samarco

A Samarco tem 39 anos de história, tendo começado a operar em 1977. A empresa possui duas unidades operacionais: Germano, em Mariana (MG), onde é realizada a extração e o beneficiamento de minério de ferro em três concentradores, e Ubu, em Anchieta (ES), onde estão quatro usinas de pelotização. As unidades são interligadas por três minerodutos de 400 quilômetros de extensão.

Informações da Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Governo de Minas anuncia parcelamento do 13º salário dos servidores

O Governo de Minas Gerais anunciou, na manhã desta quarta-feira (7), como pagará o 13º salário dos servidores. De acordo com a Secretaria de Planejamento e Gestão, todos os servidores, independente de quanto ganham, receberão a metade do valor do benefício no dia 22 de dezembro de 2016.
No dia 24 de janeiro, será paga a segunda parcela, no valor de até R$ 3.000, de modo que os servidores que ganham até R$ 6.000 receberão integralmente o 13º no primeiro mês ano. Segundo o governo, este perfil representa 95% de um total de 465 mil funcionários ativos e inativos. Já para quem tem o salário superior a R$ 6.000, o restante do valor devido será pago no dia 24 de março de 2017.
O secretário de Estado de Fazenda, José Afonso Bicalho, explicou que o parcelamento
acontecerá em função da grave crise financeira pela qual passa o Estado. Segundo ele, o pagamento do 13º será possível por dois motivos. Primeiro, porque a folha de pagamento
dos servidores foi vendida ao Banco do Brasil e o Governo de Minas receberá R$ 1,4 bilhão no próximo dia 20. Outros R$ 450 milhões serão pagos ao longo dos próximos 5 anos. Além disso, o pagamento está sendo viabilizado em função do decreto, por parte do governador Fernando Pimentel, do estado de calamidade financeira de Minas. O anúncio oficial foi feito na manhã dessa terça-feira (6). Nesta quarta, a Assembleia Legislativa votará o reconhecimento do decreto. Com a aprovação, o governo ficará autorizado a flexibilizar a lei de responsabilidade fiscal.

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG) criticou o parcelamento do 13º salário. Na avaliação dos servidores, o pagamento de 50% do 13º é uma injustiça com aquelas pessoas que recebem até R$ 2.000. Segundo o presidente do sindicato, Geraldo Henrique, os sindicalistas tentaram negociar com o secretário de
planejamento Helvécio Magalhães para que os que ganham até R$ 2.000 possam receber o 13º integralmente no dia 22 de dezembro. "É uma injustiça com quem ganha menos. Não é possível que o governo faça apenas reuniões informativas. O sindicato não pode apenas receber notícias. Temos que negociar". O Sindpúblicos representa 70 mil servidores. Apesar da tentativa, após a reunião o secretário anunciou que não haverá mudança na forma de pagamento.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol), Denilson Martins, adotou tom semelhante. De acordo com ele, a categoria reconhece que o "quadro é trágico" nas contas do Estado, mas também defende que é preciso, uma medida diferenciada para quem ganha menos. "Temos servidores que recebem menos de R$ 1.000. Eles contavam com este dinheiro para quitar dívidas, fruto do parcelamento do salário, durante o ano. Recebemos esta notícia com decepção", disse Martins que representa a categoria com cerca de 10 mil funcionários.
O Governo de Minas Gerais ainda divulgou as datas para o pagamento do salário corrente de 2017 até março. A escala permanecerá a mesma que já vinha sendo adotada. Em janeiro, os pagamentos serão feitos nos dias 11, 17 e 20 e, em fevereiro e em março, as datas serão 10, 17 e 21.
O decreto
O plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu, na noite de segunda-feira (5), mensagem do governador Fernando Pimentel pedindo, com urgência, autorização para decretar estado de calamidade financeira.
Se o estado de calamidade for reconhecido, fica permitida uma flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal enquanto perdurar a situação. Neste caso, serão suspensas a contagem dos prazos de controle para adequação e recondução das despesas de pessoal e dos limites do endividamento. Além disso, serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho.
Segundo a justificativa do governador, os últimos Relatórios de Gestão Fiscal revelam a situação calamitosa das contas públicas estaduais que colocam em risco a capacidade do Estado em manter serviços públicos essenciais, bem como em prover o pagamento das despesas com pessoal sem que incorra em descumprimento de condicionantes legais.
Pimentel destacou a queda na arrecadação de impostos, o aumento dos gastos com servidores, além do crescimento da dívida com a União.
O pedido de decretação de calamidade terá que passar na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), o que acontece nesta terça-feira (6). A comissão terá o prazo de 20 dias para emitir parecer. O parecer, em caso de reconhecimento da situação, concluirá por projeto de resolução, que será votado pelo plenário em turno único.

Fonte: Jornal O Tempo

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Governo Temer: Trabalhador terá que contribuir por 49 anos para obter aposentadoria integral

Trabalhador que desejar se aposentar recebendo o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), atualmente em R$ 5.189,82, deverá contribuir por 49 anos, conforme a proposta de reforma da Previdência Social do governo já encaminhada ao Congresso Nacional. Esse valor é reajustado anualmente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).


Para ter direito à aposentadoria, pela proposta, nenhum trabalhador poderá ser aposentar com menos de 65 anos, quer seja homem ou mulher. Nesse caso, para ter direito ao benefício integral e poder se aposentar aos 65 anos, a pessoa deverá começar a trabalhar com 16 anos de idade e contribuir por todo esse tempo - para quem não tem direito às regras de transição (menos de 50 anos para homens e 45 para mulheres).

Pelas simulações divulgadas pelo governo federal, se uma pessoa tem 65 anos, mas contribuiu somente por 25 anos, por exemplo, ela teria direito 76% do teto do INSS. Com 26 anos de contribuição, o trabalhador passa a ter direito a 77% do valor do teto do INSS e assim por diante até chegar aos 49 anos de contribuição - para ter direito ao teto do INSS.




Além da idade mínima de 65 anos, com respeito ao chamado "direito adquirido" e estabelecimento de regras de transição, a reforma da Previdência Social, se aprovada pelo Legislativo, fixaria regras para os trabalhadores do setor público e do setor privado, mas não incluem militares. Com as mudanças propostas, o tempo mínimo de contribuição sobe de 15 anos para 25 anos.

A expectativa do governo é que o texto seja aprovado no primeiro semestre do próximo ano pelo Congresso Nacional. Por se tratar de uma mudança na constituição, tem de passar pelos plenários da Câmara e do Senado, em duas votações, com maioria de 3/5 dos parlamentares, além de sessões do Congresso Nacional.

O objetivo do governo ao propor uma reforma da Previdência é tentar manter a sustentabilidade das contas públicas, diante de um déficit crescente do sistema previdenciário brasileiro – que resulta de regras atuais mais benéficas do que no resto do mundo, de um envelhecimento da população brasileira e de queda na taxa de natalidade no país.

A proposta de reforma da Previdência visa evitar um crescimento ainda maior, no futuro, do rombo da Previdência Social - cuja previsão é de R$ 230 bilhões para 2017, englobando trabalhadores do setor privado, público e as pensões de militares, o equivalente a 3,46% do PIB. Os números constam na proposta de orçamento do ano que vem.

O déficit do sistema previdenciário é pago por toda sociedade, com recursos obtidos por meio da arrecadação de impostos. Neste ano, o déficit dos sistemas de Previdência Social do país deve ficar em cerca de R$ 200 bilhões (3,2% do PIB). Com isso, a previsão é de um aumento de cerca de 15%, ou de R$ 30 bilhões, no rombo dos sistemas previdenciários em 2017.

Fonte: G1

Leia também: Previdência: como era e como ficou

Governo de Minas decreta estado de calamidade pública financeira

O governador Fernando Pimentel (PT) enviou na noite desta segunda-feira mensagem pedindo autorização do Poder Legislativo para decretar estado de calamidade financeira em Minas Gerais. O decreto foi lido pelo 1ºsecretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Ulisses Gomes (PT) e deve ser votado em plenário até quarta-feira.


O decreto permite que regras da Lei de Responsabilidade Fiscal sejam flexibilizadas por causa de condições atípicas. Podem ser alteradas, por exemplo, as regras que punem gestores que ultrapassem os limites de gastos com servidores, atrasos no pagamento de dívidas e a extinção de órgãos públicos.

A calamidade é decretada em situações graves, em que governadores avaliam enfrentar situações extremas em suas gestões que podem colocar em risco a população do estado. De acordo com a Constituição, os casos de calamidade permitem também que governantes tomem os chamados empréstimos compulsórios e libera a população atingida para usar parte dos recursos do Fundo de Garantida por Tempo de Serviço

Na mensagem enviada aos deputados, o governador Pimentel cita que o estado passa por um momento de grave crise financeira, “com redução significativa na receita pública estadual que criam dificuldades para o pagamento de servidores e problemas no custeio da manutenção da prestação de serviços públicos essenciais”.

Segundo o governador, o momento de calamidade financeira é “reflexo da queda de arrecadação em vários setores”, principalmente no mercado de commodityes que atingem diretamente a economia mineira. O texto cita ainda que o “crescimento dos gastos nos últimos anos não foi acompanhado pelo crescimento das receitas”, tornando a situação da administração estadual crítica.

A dívida do estado com a União também foi citada como um dos fatores que levou o governo de Minas a pedir pela decretação de emergência. “A dívida do estado junto a União, cujo contrato foi balizado no passado em outras condições econômicas representa um gasto expressivo e que continua crescendo”, diz a mensagem.

Em 2016, outros dois estados brasileiros já decretaram estado de calamidade pública em âmbito financeiro. O primeiro foi o Rio de Janeiro, em junho, poucas semanas antes da realização da Olimpíada do Rio. O governo do Rio justificou que somente com a situação de emergência seria possível realizar os Jogos. O mais recente foi o Rio Grande do Sul, que em novembro tomou a medida por causa do rombo nas contas públicas.

Fonte: Jornal Estado de Minas

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Matipó/MG: Chuva forte provoca alagamentos e quedas de árvores na região


A chuva forte que caiu em toda região acompanhada de ventos fortes na noite deste domingo provocou estragos e a cheia de rios em Caputira, Manhuaçu e Luisburgo. Em Matipó, o rio que corta a cidade está bem acima do nível normal. Com a força da água, o centro da cidade, próximo a igreja matriz e aos bancos ficou novamente coberto de lama.

Bombeiros, Polícias Militar, Rodoviária Estadual e Federal e o DER-MG atendem durante toda a noite e madrugada a ocorrências de quedas de árvores e casas alagadas. Em Manhuaçu, preocupação é com o volume do rio Manhuaçu que subiu bastante durante a madrugada.

Em toda a região, há registros de dez quedas de árvores, barrancos e redes de energia nas MG-108 – Manhumirim – Martins Soares – Durandé – Lajinha; na MG-111 nos trechos Manhumirim – Reduto, Manhuaçu – Santana do Manhuaçu e nas rodovias federais BR-262 e BR-116.

Caputira e São Pedro do Avaí

Foram registrados problemas na estrada de acesso a Caputira, pouco depois do distrito de São Caetano, no k, 9,5, sentido a Caputira, uma queda de barranco fechou a rodovia.

Nas comunidades de Caputira e de São Pedro do Avaí (distrito de Manhuaçu), os rios transbordaram e inundaram ruas e casas das regiões mais próximas ao leito. Nesta manhã de segunda, continua chovendo.

Na mesma região, a BR-116 ficou interditada durante cerca de 4 horas no trecho de Vila de Fátima, km 545, por conta de eucaliptos que foram derrubados pelas forças dos ventos. A operação da PRF atravessou a madrugada até a liberação da pista.

A previsão é que nesta segunda-feira (05) a região ainda receba um volume acima de 30mm de chuvas. No entanto, a partir de amanhã o tempo deve seguir firme. 

Willian Chaves com informações de Carlos Henrique Cruz - Portal Caparaó
Fotos: Wellington Comes Chaves e Portal Caparaó


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Diplomação do novo prefeito de Matipó acontece nesta sexta-feira (02)

Joaquim do Nenego (a esquerda) e Valtinho
A diplomação do prefeito eleito de Matipó, Valter Mageste de Ornelas, vice-prefeito, Joaquim Bifano Magalhães, e dos vereadores acontece nesta sexta-feira (02), às 09h, no Salão do Júri do Fórum "Dr. Octávio P. Rodrigues", em Abre Campo. Valtinho, como é tratado popularmente, venceu as eleições de outubro com 6.489 votos o que representa 51,73% do eleitorado matipoense. A posse para o mandato dos próximos quatro anos acontece no dia 1º de janeiro. A saúde é uma das prioridades do novo governo. Na oportunidade serão diplomados também os eleitos das cidades de Abre Campo, Santa Margarida, Caputira, Pedra Bonita e Sericita.

Valtinho é professor e foi diretor da Escola Estadual Waldomiro Mendes de Almeida, maior colégio da cidade, e disputou as eleições de 2012 ultrapassando a marca de cinco mil votos. Durante os últimos quatro anos trabalhou incessantemente detalhando todas as necessidades do município e da população.

Valtinho vai enfrentar um cenário de crise econômica que atingiu diretamente as prefeituras e governo estadual. Na cidade, o principal desafio é reerguer a saúde básica que passa pela reativação do Hospital Cristo Rei com atendimento em diversas especialidades e reabertura da PSFs ou ESFs importantes no primeiro atendimento nos bairros.

O fomento à agricultura e à pecuária também é um desafio que instiga o novo prefeito principalmente no apoio ao pequeno e médio produtor. Na Educação, Valtinho terá que reestruturar escolas e possibilitar o acesso ao ensino em diversas localidades da zona rural do município.

A ansiedade da população é grande com a expectativa do novo governo que representa uma nova era da política matipoense. Valtinho tem perfil moderno e propositivo. Antes mesmo de assumir a cadeira de prefeito já se reuniu com parlamentares em Brasília em busca de recursos para a cidade, além de participar de cursos de capacitação para prefeitos que auxiliam na administração da coisa pública.

Diplomação é o ato pelo qual a Justiça Eleitoral atesta quem são, efetivamente, os eleitos e os suplentes, com a entrega do diploma devidamente assinado. Com a diplomação, os eleitos se habilitam a exercer o mandato que postularam.

Os vereadores eleitos de Matipó são:

Rita Aparecida Vieira de Assis Magalhães
Fernando Augusto Pereira
Romário Silveira de Abreu
Adão Ricardo
Osvaldino Alves Dutra
Jorge Lopes de Abreu
Gilmar da Cunha Ferreira
Roberto de Paula Teixeira
Luciano de Sá Bifano
Levi Ferreira de Carvalho
Raimundo Rodrigues da Silva