Crime na represa: Ossos encontrados em Abre Campo

Depois de esvaziarem a represa, com auxílio de uma retroescavadeira, equipes de busca encontraram restos mortais do lavrador José Honorato da Silva, 57 anos, assassinado de forma brutal em Abre Campo, no início desse ano. A história foi descoberta depois de algumas denúncias anônimas e levaram policiais militares até a represa em que o corpo foi jogado.

Desde janeiro, José Honorato era dado como desaparecido. Agora, policiais conseguiram descobrir que o lavrador foi assassinado. Agnaldo da Cunha Januário, de 19 anos, confessou o crime e disse aos militares que Ronaldo Felipe, conhecido como "Capilé", que ainda está foragido, o obrigou a ajudar na morte de Honorato.

Segundo a Polícia Militar, no dia do fato, os dois fizeram uma tocaia para José e o atingiram com golpes de foice. Cortaram os braços e pernas, o colocaram em um saco de adubo, amarram em um tanque de lavar roupas e jogaram dentro de uma represa nas proximidades do terreno de José Honorato. 

OSSOS

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar efetuaram buscas na represa e localizaram uma bicicleta do lavrador no interior da represa e ainda um tanque de lavar roupas com alguns fios amarrados. O objetivo era evitar que o corpo boiasse.

Apesar dos indícios, somente com o esvaziamento da represa é que as buscas tiveram um avanço significativo. Na tarde desta quinta, foram encontrados alguns ossos humanos.

O material foi recolhido para a perícia que irá confirmar, através de exame de DNA, a identidade do lavrador assassinado.

Capilé continua sendo procurado pela Polícia Militar na região de Abre Campo. O motivo do crime não foi divulgado.

Participaram da ocorrência: Tenente Marcos, Sargentos Ulisses Lopes, Luiz Antônio e os Cabos Júlio e Gerônimo, além dos Bombeiros de Manhuaçu Cabo Cléber e Soldados Cleverson, Lucas e Leandro.

Carlos Henrique Cruz -