Um crime de homicídio foi desvendado a partir de denúncias anônimas em Abre Campo. A Polícia Militar descobriu que um homem dado desaparecido na realidade foi assassinado de forma fria e brutal em janeiro deste ano.
A história começou a ser descoberta no domingo. A filha de José Honorato da Silva, 57 anos, recebeu uma informação anônima de que dois homens mataram o pai dela e jogaram o corpo numa cisterna na região do Córrego Terra Seca. A família registrou o desaparecimento do agricultor em 25 de janeiro. A denúncia contava que um homem conhecido como Capilé e Agnaldo assassinaram e esconderam o corpo.
Os policiais fizeram as primeiras buscas, mas não havia corpo algum na cisterna indicada. Na terça-feira, veio uma nova denúncia. Dessa vez a informação foi passada diretamente aos policiais. O corpo teria sido jogado numa represa.
Militares e Bombeiros estiveram no açude e tentaram localizar os restos mortais de José Honorato. Sem sucesso, partiram para uma nova linha de ação. Localizaram Agnaldo da Cunha Januário, apontado como cúmplice do crime.
Segundo Agnaldo, Capilé ameaçou-o de morte caso não o ajudasse a matar José Honorato. Eles mataram o agricultor com golpes de foice, em seguida cortaram os braços e pernas e colocaram o corpo num saco plástico.
Depois disso tudo, amarraram a sacola com um fio elétrico e prenderam numa pia velha para que o corpo não boiasse. Eles jogaram tudo no leito da represa.
BICICLETA
Com a confirmação da história, na tarde de quarta, policiais e bombeiros voltaram à represa. Os restos mortais não foram localizados, mas a pia e o fio foram encontrados. No leito, também foi achada a bicicleta de José Honorato.
Por conta das dificuldades de buscas no local, a represa vai ser esvaziada na tentativa de encontrar os restos do agricultor assassinado.
Agnaldo foi levado para a delegacia, ouvido e liberado. Foi solicitada a prisão preventiva dele. Renato Honorato, o Capilé, está sendo procurado pela Polícia Militar.
Devido às dificuldades das buscas a represa deverá ser esvaziada e posteriormente continuarão os trabalhos para localizar o corpo da vítima. Agnaldo foi conduzido para Delegacia onde foi ouvido e liberado.
Carlos Henrique Cruz
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