Moradores de Rio Casca, na Zona da Mata mineira, estão apreensivos com as informações sobre o fechamento da antiga fábrica da Cotochés – adquirida em abril pela Perdigão – que circulam entre ex-empregados recentemente demitidos, funcionários e fornecedores da empresa. A denúncia de encerramento das atividades surpreendeu a prefeitura, diante do anúncio da Perdigão, feito há apenas oito meses, de que investiria R$ 30 milhões na modernização das unidades da marca mineira na cidade e em Ravena, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Procurada pelo Estado de Minas, a Perdigão não se pronunciou. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, toda a diretoria está em recesso e só poderá prestar esclarecimentos a partir de 5 de janeiro.
Na mesma data, conforme as informações que chegaram à prefeitura, estão previstos os acertos dos trabalhadores. A fábrica é a maior empregadora de Rio Casca, depois do setor público, mantendo 200 postos de trabalho, boa parte deles ocupados por funcionários com mais de 30 anos em serviço. A possibilidade mais comentada em Rio Casca dá conta de que a Perdigão manterá só um posto de coleta de leite na cidade, transferindo a fabricação de queijos e manteiga para o seu parque industrial no Rio Grande do Sul. Nem mesmo o prefeito José Maria de Souza Cunha conseguiu se informar na Perdigão sobre os planos para a fábrica e já pediu uma audiência com o governador Aécio Neves para impedir o fechamento da unidade.
“Como uma empresa pode anunciar investimentos e depois fechar a fábrica? Podemos negociar qualquer benefício, amparado na lei, para evitar que ela feche as portas. Será uma perda enorme para a cidade”, afirma Souza Cunha. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Casca, as demissões começaram nas últimas semanas.
Fonte. Portal Uai
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