O produtor de café Sergio Cotrim D´Alessandro explica que, assim como os demais segmentos do agronegócio, os produtores de café sofrem com os preços em patamares muito próximos aos custos de produção. Para a maioria dos produtores, isso significa a morte de suas atividades. Eles não conseguem quitar as dívidas com o que produzem. "Impossível honrar compromissos desta forma", afirmou.
As reivindicações dos cafeicultores foram entregues aos motoristas numa carta aberta. Para Lino da Costa e Silva, os produtores estão sendo tratados como bandidos, enquanto na realidade são a mola-mestre da economia regional e nacional. “A nossa região, mais do que outras, depende da produção de café. Uma crise nesse setor gera desemprego no campo e redução de trabalho e renda na cidade. Toda a cadeia econômica desaba”, reclamou.
Manhuaçu figura como a décima cidade em produção de café no ano de 2007, de acordo com dados divulgados pelo IBGE, na semana passada. O impacto da crise tem afetado o campo de forma violenta. “As medidas anunciadas até agora não chegaram ao campo e nem ao pequeno produtor. Parece que querem tomar nossa terra”, afirmou um dos produtores durante o protesto. Lino Costa e Silva completou: “Nossa região é formada de pequenos produtores e agricultores familiares. Eles não agüentam esperar mais”.
Jailton Pereira - Eduardo Satil
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