O deputado João Magalhães (PMDB-MG) defendeu-se na tarde desta quarta-feira das acusações de envolvimento em suposto desvio de recursos de obras do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. A Polícia Federal investiga o parlamentar e cumpriu, no último dia 20, mandado de busca e apreensão em seu gabinete na Câmara. Magalhães disse ter ficado surpreso com a ação da PF.
Ele destacou que, em seus quatro mandatos, sempre trabalhou em defesa dos pequenos municípios de Minas Gerais, principalmente os localizados na Zona da Mata, no Vale do Rio Doce e no Vale do Mucuri. "Considero estranho ser processado por suposta improbidade, pois, em vez de gestor dos benefícios que, com extrema luta, eu mesmo tenho conseguido para aqueles pequenos municípios junto aos governos federal e estadual, sou, isto sim, quem tem lutado pela aplicação das verbas públicas nas localidades mais carentes de progresso", enfatizou.
Gerenciador
Magalhães destacou que os parlamentares não são gerenciadores de recursos. "Quem gerencia os recursos é que tem a responsabilidade de aplicá-los com a inteireza administrativa exigida pelo princípio da probidade", defendeu. "Sabemos que, quando se aproximam períodos eleitorais, uma fábrica de acusações levianas começa a dar curso à tentativa de desmoralização de carreiras políticas populares, estabelecidas dentro dos princípios da lisura", acrescentou.
O deputado ressaltou, contudo, que "as instituições republicanas são mais fortes". Ele disse que não participou da liberação de recursos do PAC, "sequer na intermediação de financiamentos a municípios junto à Caixa Econômica Federal ou ao BNDES". Ele informou que aguardará "com serenidade" a conclusão das investigações. "A verdade prevalecerá", garantiu.
Agência Câmara
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