A equipe do Delegado Cristiano Augusto Xavier (foto) prendeu no início da tarde deste sábado o ex-prefeito de Santa Margarida Manoel Pereira Lima (Nelito). Não foram divulgados os motivos da prisão preventiva decretada pela Justiça de Manhuaçu, mas o grupo do Departamento de Homicídios apura o assassinato do advogado e oficial de justiça Bernardo Mendonça Tebet.
A equipe da Delegacia de Homicídios chegou a Santa Margarida por volta de 14 horas. Eles foram direto à casa do ex-prefeito na rua do Rosário. Pouco tempo depois, Nelito saiu acompanhado dos policiais e de um médico.
O ex-prefeito, que sofreu um infarto há pouco mais de 50 dias, foi levado direto para o hospital da cidade. Ele teria passado mal ao saber do mandado de prisão preventiva e teve que ser hospitalizado.
De acordo com uma fonte, Nelito está sendo mantido no hospital e, por recomendação médica, não foi removido para outra cidade.
O ex-prefeito teria tido a prisão preventiva decretada na sexta-feira depois que os autos do inquérito da Polícia Civil foram entregues ao Ministério Público.
A prisão de Wellington Martinez e Admardo Antônio, acusados de terem executado o advogado Bernardo Mendonça em agosto de 2007, foi transformada em preventiva, já que o prazo da temporária estava expirando.
Segundo um advogado, Wellington contou outra versão e apresentou novos fatos relacionados à execução de Bernardo. Isso pode ter motivado a prisão do cafeicultor e ex-prefeito.
O delegado Cristiano Augusto Xavier não falou à imprensa nesta sexta. O caso continua em segredo de Justiça e parece que as recomendações são para evitar qualquer vazamento de informação.
Entenda o caso
Bernardo Mendonça Tebet se mudou para Manhuaçu em 1993 e começou a trabalhar no ramo de comércio de café. Ao longo dos anos, abriu e manteve várias empresas de corretagem de café em nome de laranjas.
Em novembro de 2005, sofreu um atentado e quase perdeu a vida num crime misterioso na região dos bairros Ponte da Aldeia e Bom Jardim. Quase dois anos depois, ele foi morto com três tiros na noite de 20 de agosto no km 94 da MG-111 entre Reduto e Manhumirim.
Há cerca de trinta dias, o delegado Cristiano Augusto Xavier chegou em Manhuaçu e prendeu Admardo Antônio (apontado como mentor de um plano para executar o advogado) e Wellington Martinez (que garantiu que executou o crime a pedido da própria vítima) - foto ao lado.
Depois de reconstituírem os passos dos dois crimes, a equipe voltou a Belo Horizonte e, ao que parece, concluiu algo diferente do que foi divulgado na época. Naquele dia, a história era de que Bernardo contratou os dois para matá-lo e, como resultado, deixaria 2,5 milhões como prêmio de um seguro de vida para sua família. Eles teriam recebido 20 mil reais pelo serviço. Poucas pessoas acreditaram nessa versão.
Na semana passada, o advogado Reinaldo Magalhães afirmou que o crime tem a ver com os negócios de café de Bernardo. Ele chegou a citar Nelito. A Polícia confirmou que o advogado era executado pela Receita Federal por uma dívida de 18 milhões de reais.
Na quarta-feira, o delegado Lourival Silva Pereira afirmou à reportagem que o caso ainda não estava concluído, mas não detalhou em que a Polícia Civil de Belo Horizonte estava se dedicando.
Com informações do Portal Caparaó
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