Minas começa a produzir, na semana que vem, o primeiro medicamento genérico para o tratamento da Aids e de hepatites no Brasil. O tenofovir, antes importado a um alto custo pelo Ministério da Saúde, agora será fabricado nos laboratórios da Fundação Ezequiel Dias (Funed), no Bairro Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte. A produção nacional do remédio, distribuído a 64 mil pacientes portadores do vírus HIV e a 1,5 mil pessoas com hepatites, vai significar uma economia de R$ 110 milhões aos cofres públicos, num período de quatro anos. O medicamento vai compor o coquetel antirretroviral fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A produção nacional do tenofovir é apontada pelo Ministério da Saúde como uma conquista do Brasil na luta pela quebra de patentes de medicamentos usados no tratamento de doenças contagiosas. Em 2008, o governo federal declarou interesse público no remédio, considerado um dos itens mais caros do programa de DST/Aids e responsável por quase 10% dos gastos do tratamento. Em 2009, a patente expirou e, desde então, a Funed, laboratório público ligado ao governo de Minas, investe em estudos e testes com o produto, cuja fabricação acaba de ser autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro lote nacional do medicamento será entregue aos pacientes no fim de março e, até o fim de 2011, a Funed vai fabricar 36 milhões de comprimidos. A produção pública do tenofovir envolve, além da Fundação Ezequiel Dias, o Laboratório Farmacêutico Oficial de Pernambuco (Lafepe). Os laboratórios Nortec e Blanver também são parceiros da Funed no projeto, sendo que o primeiro forneceu o princípio ativo do medicamento e o segundo trabalhou na formulação do comprimido. Mas o acordo assinado entre as empresas e o governo de Minas prevê a transferência completa da tecnologia para a etapa de produção do medicamento no prazo máximo de quatro anos. E, até o fim do contrato, todas as etapas, desde o desenvolvimento até a produção, serão feitas na Funed.
Autonomia
Com o início da fabricação do primeiro genérico pela Fundação Ezequiel Dias, 10 dos 20 medicamentos antirretrovirais fornecidos pelo SUS a pacientes com Aids e hepatites passam a ser fabricados no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, além da economia decorrente do fim das importações, a fabricação nacional fortalece a autonomia do país na produção de medicamentos. Para se ter uma ideia das cifras, o Ministério da Saúde pagava, há um ano, R$ 5,60 por comprimido produzido por laboratórios internacionais. Agora, a unidade custará R$ 4,02 para o SUS, mas já há compromisso de que o preço caia para R$ 3,06.
“A produção nacional garante a oferta do medicamento a longo prazo e ainda contribui para diminuir a dependência externa. Esse aumento da capacidade de produção da indústria nacional também torna mais fácil a negociação de outros medicamentos importados”, explica o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. Em 2010, a pasta investiu R$ 577,6 milhões na aquisição de antirretrovirais importados e R$ 224,9 milhões na fabricação dos nacionais.
Com o nome de Tenofovir Funed, o medicamento será entregue aos SUS em embalagens com 60 comprimidos. Esta semana, o produto passa pelos últimos testes na Área de Desenvolvimento Farmacotécnico e Biotecnológico da fundação para, em seguida, começar a ser produzido em escala industrial. “A produção do primeiro genérico antirretroviral do país é um reconhecimento da excelência da nossa indústria farmacêutica e da qualificação do corpo técnico. Essa novidade vai agregar valor à economia mineira e, para o país, significa maior independência em relação ao mercado internacional”, afirma o secretário de estado de Saúde, Antônio Jorge Souza Marques.
Além do genérico tenofovir, a Funed produz atualmente dois medicamentos antirretrovirais de referência, ou de marca – Nevirapina e Lamividuna Zidovudina –, que também compõem o coquetel de tratamento da Aids. A demanda do Ministério da Saúde para 2011 é de 6 milhões de comprimidos de Nevirapina e 13,5 milhões de Lamivudina Zidovudina. A fundação também fornece ao ministério vacinas como a de combate à meningite, além de outros medicamentos.
A produção nacional do tenofovir é apontada pelo Ministério da Saúde como uma conquista do Brasil na luta pela quebra de patentes de medicamentos usados no tratamento de doenças contagiosas. Em 2008, o governo federal declarou interesse público no remédio, considerado um dos itens mais caros do programa de DST/Aids e responsável por quase 10% dos gastos do tratamento. Em 2009, a patente expirou e, desde então, a Funed, laboratório público ligado ao governo de Minas, investe em estudos e testes com o produto, cuja fabricação acaba de ser autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro lote nacional do medicamento será entregue aos pacientes no fim de março e, até o fim de 2011, a Funed vai fabricar 36 milhões de comprimidos. A produção pública do tenofovir envolve, além da Fundação Ezequiel Dias, o Laboratório Farmacêutico Oficial de Pernambuco (Lafepe). Os laboratórios Nortec e Blanver também são parceiros da Funed no projeto, sendo que o primeiro forneceu o princípio ativo do medicamento e o segundo trabalhou na formulação do comprimido. Mas o acordo assinado entre as empresas e o governo de Minas prevê a transferência completa da tecnologia para a etapa de produção do medicamento no prazo máximo de quatro anos. E, até o fim do contrato, todas as etapas, desde o desenvolvimento até a produção, serão feitas na Funed.
Autonomia
Com o início da fabricação do primeiro genérico pela Fundação Ezequiel Dias, 10 dos 20 medicamentos antirretrovirais fornecidos pelo SUS a pacientes com Aids e hepatites passam a ser fabricados no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, além da economia decorrente do fim das importações, a fabricação nacional fortalece a autonomia do país na produção de medicamentos. Para se ter uma ideia das cifras, o Ministério da Saúde pagava, há um ano, R$ 5,60 por comprimido produzido por laboratórios internacionais. Agora, a unidade custará R$ 4,02 para o SUS, mas já há compromisso de que o preço caia para R$ 3,06.
“A produção nacional garante a oferta do medicamento a longo prazo e ainda contribui para diminuir a dependência externa. Esse aumento da capacidade de produção da indústria nacional também torna mais fácil a negociação de outros medicamentos importados”, explica o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. Em 2010, a pasta investiu R$ 577,6 milhões na aquisição de antirretrovirais importados e R$ 224,9 milhões na fabricação dos nacionais.
Com o nome de Tenofovir Funed, o medicamento será entregue aos SUS em embalagens com 60 comprimidos. Esta semana, o produto passa pelos últimos testes na Área de Desenvolvimento Farmacotécnico e Biotecnológico da fundação para, em seguida, começar a ser produzido em escala industrial. “A produção do primeiro genérico antirretroviral do país é um reconhecimento da excelência da nossa indústria farmacêutica e da qualificação do corpo técnico. Essa novidade vai agregar valor à economia mineira e, para o país, significa maior independência em relação ao mercado internacional”, afirma o secretário de estado de Saúde, Antônio Jorge Souza Marques.
Além do genérico tenofovir, a Funed produz atualmente dois medicamentos antirretrovirais de referência, ou de marca – Nevirapina e Lamividuna Zidovudina –, que também compõem o coquetel de tratamento da Aids. A demanda do Ministério da Saúde para 2011 é de 6 milhões de comprimidos de Nevirapina e 13,5 milhões de Lamivudina Zidovudina. A fundação também fornece ao ministério vacinas como a de combate à meningite, além de outros medicamentos.
Estado de Minas- 10/02/2011
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