“Estou muito aliviada”, disse a mãe, Eleni Huebra Lacerda. Segundo ela, entre os dias 21 e 29 de abril, Juliana passou por duas capitais antes de ser localizada. Primeiramente, Juliana seguiu para São Paulo e depois para Belo Horizonte, permanecendo três dias em ambas as cidades. “Ela dormiu em rodoviárias e, durante o dia, percorreu praças e igrejas”, revelou dona Eleni.
No terminal rodoviário de Sete Lagoas, Juliana teve uma crise renal, chamando a atenção das pessoas que estavam no local. Ela chegou a ser atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi levada para um pronto-socorro. Comunicada sobre a presença da estudante, a Polícia Civil confirmou no hospital que a jovem era considerada desaparecida. Logo em seguida, a família foi avisada. O reencontro com os pais foi na madrugada de sexta-feira.
O sumiço de Juliana mobilizou parentes, amigos, a Ufop e a polícia de Ouro Preto, que vai encerrar o inquérito aberto para investigar o caso. Segundo a mãe, embora o nome de Juliana apareça no mapa de viagem da empresa de ônibus responsável pela linha que liga a cidade histórica ao Rio de Janeiro, a filha não teria seguido para a capital fluminense. Uma das hipóteses consideradas pelos investigadores era que a estudante havia sumido depois de combinar um encontro no Rio com alguém que conheceu pela internet.
“Fiquei muito assustada, mas ainda não estamos questionando a Juliana muito”, salientou Eleni. Ainda de acordo com a mãe, a filha não deve voltar aos estudos este semestre. Ao vasculhar objetos de Juliana no apartamento em que a jovem morava em Ouro Preto, os pais encontraram anotações da estudante indicando que ela estava deprimida e psicologicamente abalada. “Em breve, ela irá agradecer aos amigos que nos ajudaram”, conta a mãe.
Colegas da universitária que utilizaram ferramentas de redes sociais da internet para ajudar na procura por Juliana, como Orkut, Twitter e YouTube, também demonstraram alívio com a localização da estudante. Na comunidade “Nos ajudem a encontrá-la”, elaborada pela amiga Selma Nolasco Gomes, de 22 anos, foram postadas mensagens de agradecimento. “Obrigada por ter protegido minha amiga, por ter nos ajudado, nos indicando onde ela estava”, diz o texto de abertura da comunidade, que soma mais de 1,4 mil membros.
Portal UAI
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