domingo, 2 de maio de 2010

Fim da angústia para família de universitária de São José do Mantimento

Amigas de Juliana tentaram achá-la por meio de comunidade em sites
 de relacionamentos  - (Arquivo pessoal)
A estudante do quarto período de matemática na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Juliana Huebra Lacerda, de 21 anos, voltou para casa, na área rural de São José do Mantimento, na Zona da Mata, a 349 quilômetros de Belo Horizonte. A universitária estava desaparecida havia mais de uma semana, mas foi reconhecida, na última quinta-feira, por um morador de Sete Lagoas, na Região Central de Minas, que viu a foto da jovem em veículos de comunicação. No mesmo dia, a notícia sobre o desaparecimento foi publicada no Estado de Minas. O mistério envolvendo o sumiço da estudante foi esclarecido depois do reencontro com os pais. Juliana resolveu fugir depois de descobrir que está grávida.

“Estou muito aliviada”, disse a mãe, Eleni Huebra Lacerda. Segundo ela, entre os dias 21 e 29 de abril, Juliana passou por duas capitais antes de ser localizada. Primeiramente, Juliana seguiu para São Paulo e depois para Belo Horizonte, permanecendo três dias em ambas as cidades. “Ela dormiu em rodoviárias e, durante o dia, percorreu praças e igrejas”, revelou dona Eleni.

No terminal rodoviário de Sete Lagoas, Juliana teve uma crise renal, chamando a atenção das pessoas que estavam no local. Ela chegou a ser atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi levada para um pronto-socorro. Comunicada sobre a presença da estudante, a Polícia Civil confirmou no hospital que a jovem era considerada desaparecida. Logo em seguida, a família foi avisada. O reencontro com os pais foi na madrugada de sexta-feira.

O sumiço de Juliana mobilizou parentes, amigos, a Ufop e a polícia de Ouro Preto, que vai encerrar o inquérito aberto para investigar o caso. Segundo a mãe, embora o nome de Juliana apareça no mapa de viagem da empresa de ônibus responsável pela linha que liga a cidade histórica ao Rio de Janeiro, a filha não teria seguido para a capital fluminense. Uma das hipóteses consideradas pelos investigadores era que a estudante havia sumido depois de combinar um encontro no Rio com alguém que conheceu pela internet.

“Fiquei muito assustada, mas ainda não estamos questionando a Juliana muito”, salientou Eleni. Ainda de acordo com a mãe, a filha não deve voltar aos estudos este semestre. Ao vasculhar objetos de Juliana no apartamento em que a jovem morava em Ouro Preto, os pais encontraram anotações da estudante indicando que ela estava deprimida e psicologicamente abalada. “Em breve, ela irá agradecer aos amigos que nos ajudaram”, conta a mãe.

Colegas da universitária que utilizaram ferramentas de redes sociais da internet para ajudar na procura por Juliana, como Orkut, Twitter e YouTube, também demonstraram alívio com a localização da estudante. Na comunidade “Nos ajudem a encontrá-la”, elaborada pela amiga Selma Nolasco Gomes, de 22 anos, foram postadas mensagens de agradecimento. “Obrigada por ter protegido minha amiga, por ter nos ajudado, nos indicando onde ela estava”, diz o texto de abertura da comunidade, que soma mais de 1,4 mil membros.
Portal UAI

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