domingo, 24 de maio de 2009

Professores da rede estadual serão alvo de nova avaliação

Os professores da rede estadual de ensino devem passar por uma nova avaliação este ano. A Secretaria de Estado de Educação (SEE) começou a preparar uma diferente modalidade de prova para os profissionais da educação. A proposta ainda está em fase de elaboração e os detalhes, por enquanto, estão guardados a sete chaves pelo órgão.

De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, o exame estabelecerá um sistema de certificação dos alfabetizadores, ou seja, dos professores que lecionam para alunos de 1º ao 4º ano do ensino fundamental. Em Minas Gerais, eles representam 17% (28.060) dos 165 mil profissionais de educação.

Avaliação. Atualmente, o trabalho da categoria é acompanhado através de uma avaliação de desempenho comum a todo servidor público do Estado. A ideia da certificação pretende estimular o professor que tiver um bom desempenho na prova. Dessa forma, quem pontuar acima de um nível satisfatório, receberá um certificado. O título poderia servir, por exemplo, para a progressão de carreira do professor, mas a informação ainda não foi confirmada pelo Estado.

O assunto deixa alguns professores temerosos. Esse é o caso da professora Heloísa Santos Reis, 55, que trabalha na Escola Estadual Professora Maria Coutinho, na região Norte de Belo Horizonte. "Toda avaliação causa um certo temor porque a gente não sabe o que vai acontecer. Sou professora efetiva há 24 anos, mas acho que, para o Estado fazer essa prova, ele tem que nos dar apoio, capacitar o professor. Não temos condições de pagar um curso de capacitação", afirma.

De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), Antônio Bráz, a maioria dos professores da área de alfabetização está há muitos anos no cargo e não teve oportunidade de fazer algum tipo de especialização para melhorar seus conhecimentos. "Não concordamos com o método de certificação da secretaria porque ele é avaliativo, uma maneira de medir o desempenho do professor que, muitas vezes, não encontra uma infraestrutura adequada para trabalhar", diz.

Já a professora Patrícia Elizabeth Lara, 49, que trabalha na Escola Estadual Dona Augusta Gonçalves Nogueira, no aglomerado Santa Lúcia, na região Centro-Sul da capital, não se assusta em saber que será avaliada pelo Estado. Ela está há 12 anos em sala de aula, com crianças da faixa etária de 6 a 10 anos. "Sou a favor dessa avaliação, pois, se nós avaliamos as crianças, também temos que ser avaliados. Todo desafio é bom. Não vejo essa prova como uma punição, mas como uma forma de identificar onde devemos melhorar a educação", afirma Patrícia.

Para Antônio Braz, a certificação é bem-vinda, por significar um investimento nos trabalhadores, mas, segundo ele, o Sind-UTE pretende discutir os critérios estabelecidos pela secretaria.

Fonte: O Tempo

Um comentário:

Anônimo disse...

1- Por que os professores da LEI 500 fizeram a prova da VUNESP??


2 - E por que os professores efetivos para mudança de faixa faram a prova pela cesgranrio???


****Qual real motivo na diferença das aplicações provas VUNESP/CESGRANRIO!!!

passe informações pelo blog aos professores.

Obrigado.....