terça-feira, 7 de abril de 2009

Governador discute renegociação de dívidas da cafeicultura

O governador Aécio Neves e o secretário de Estado de Agricultura, Gilman Viana, reúnem-se, nesta quarta-feira (8), em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Eles irão discutir as reivindicações do Governo de Minas e dos produtores rurais para a cafeicultura brasileira. O governador entregará ao ministro a Carta de Varginha. O documento foi elaborado durante o movimento S.O.S. Cafeicultura, realizado na cidade do Sul de Minas, no dia 16 de março, com a participação de aproximadamente 25 mil cafeicultores do país.
Entre as reivindicações está a conversão das dívidas financeiras do setor em sacas de café a um preço base de R$ 320 por saca, com pagamento num prazo de até 20 anos. A primeira parcela do pagamento seria em novembro de 2010. Caso o mercado apresente preços mais remuneradores que o valor de referência na data do pagamento da prestação, cabe ao produtor optar pela entrega do produto físico ou quitar a prestação em dinheiro.
Leilões
O Governo de Minas e os produtores também reivindicam a implantação, pelo governo federal, de um programa de leilões de Opções Públicas de Venda de Café com suporte orçamentário de R$ 1 bilhão. O objetivo é evitar o excesso de oferta do produto.
A dívida dos cafeicultores brasileiros está estimada em R$ 4,2 bilhões. Também participam da reunião em Brasília o presidente da Faemg, Roberto Simões, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, o presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita, e o presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), Francisco Miranda. Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil. Em 2008, a produção mineira foi de 23 milhões de sacas, cerca de 50% da safra nacional. O café é o principal produto da pauta de exportações do agronegócio estadual. No ano passado, as vendas de Minas para o mercado internacional movimentaram US$ 3 bilhões. No Brasil, a cadeia produtiva do café gera 10 milhões de empregos diretos e indiretos. As lavouras de café estão presentes em 1,8 mil municípios do país.
Agência Minas

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