quinta-feira, 22 de março de 2012

Falso Padre que já celebrou missa em Matipó é expulso pela Igreja Católica


Em carta destinada aos fieis católicos, o bispo da Diocese Itabira-Coronel Fabriciano, Odilon Guimarães Moreira , desmascarou o religioso Mauro Bastos, o “padre” Felipe. O Última Notícia teve acesso à correspondência na tarde desta quinta-feira.


No documento, o bispo revela que Mauro Bastos falsificou documentos para tentar ingressar como pároco na Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano. Na época, em janeiro do ano passado, ele chegou a assumir as igrejas de São José Operário e Nossa Senhora de Fátima.



Ao tentar participar da Igreja Apostólica Romana, o falso padre seguiu todo o trâmite de praxe. O bispo explicou que foram seguidas as normas do Direito Canônico, diálogo e cartas, entre ambas as partes para início da experiência. Este procedimento foi feito entre a Diocese e a Congregação dos Sacramentinos da Adoração, com sede em Belo Horizonte, onde o “padre” Felipe fazia experiência.



Consta ainda na carta que pouco tempo depois da vinda do suposto padre para Monlevade a igreja passou a receber diversas denúncias sobre a validade de sua ordenação.  Foi constatada a sua ordenação sacerdotal no rito Greco Melquita. No entanto, ao questionar a validade dos seus documentos junto à Congregação dos Sacramentinos, o próprio “padre” Felipe assumiu ter falsificado todos os documentos em nome do superior dos Sacramentinos, mentindo sobre sua origem e o real motivo por querer estar em João Monlevade. “Ficou claro que todo o seu procedimento constituiu falsidade ideológica”, atesta o bispo Dom Odilon.



O falsário chegou até mesmo a mentir sobre um falso câncer do próprio pai, como se este fosse o motivo de sua mudança para Monlevade. “...mas ele declarou que também essa afirmação era mentirosa. Seu pai estava bem de saúde e morava em Viçosa”, escreveu dom Odilon.
A farsa do “padre” Felipe vai além. Pois ele diz que faz parte da Igreja Católica, mas a informação não procede, de acordo com o bispo Dom Odilon, que ainda afirmou que os ofícios de celebração usados pelo falso padre são ilícitos e figuram desobediência da parte dele e do grupo de fieis católicos que insistem em apoiá-lo. 



O bispo é rigoroso ao dizer que os católicos que seguirem o falso padre podem sofrer penalidades da Igreja. “(...) há sanções canônicas tanto para ele quanto para aqueles que com ele celebrarem os sacramentos ou outros ritos de cunho católico. Em vista disso, comunicamos a todos os fieis de boa vontade que ele não possui ordem de ministrar nenhum ato religioso nesta Diocese”, finaliza Dom Odilon. 



No ano passado, quando a igreja expulsou o “padre” Felipe da cidade, a instituição religiosa adotou o silêncio e preferiu não dar explicações sobre o assunto. Um ano depois, quando o suposto padre decidiu voltar à cidade, o silêncio foi rompido. Nesta sexta, na casa de festas Âncora, no Centro Industrial, está agendada celebração do “padre” Felipe. A expectativa agora, depois da divulgação da carta, é se ele vai mesmo comparecer.

Leia o documento assinado por dom Odilon:

Willian Chaves com Informações do site Última Notícia

Um comentário:

Anônimo disse...

terque absurdo o chamarem de falso padre!agora dizer que o mesmo estar errando isso pode ser porque ele é humano como todos e errar é direito nosso! muita loucura que esta mexendo com padre cuidado a mão de deus é pesada demais!