quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Julgamento de assassinato de professora já ultrapassa cinco horas em Manhuaçu

Oito pessoas já foram ouvidas no Forum Desembargador Alonso Starling, no Centro de Manhuaçu, no julgamento do homicídio da pedagoga Rubiana Cândida Vicente, ocorrido há dois anos. O réu Vinícius Costa Dias foi interrogado na abertura da sessão do Júri, na parte da manhã. Foi aberto um intervalo para o almoço e as atividades retornam para os debates durante essa tarde.
Marcado por um forte esquema de segurança, o julgamento de Vinícius Costa Dias transcorre em clima de muita tranqüilidade. Além do esquema de segurança montado pela polícia, que chegou a fechar o trânsito na Praça Cinco de Novembro, o juiz criminal Valteir José da Silva determinou restrições para acesso do público ao local. Somente estagiários, familiares e pessoas ligadas diretamente ao julgamento têm acesso ao Salão do Tribunal do Júri.
DEPOIMENTOS
Durante a parte da manhã, o juiz interrogou Vinícius Costa Dias e abriu a série de depoimentos de testemunhas. Além da amiga de Rubiana, Mônica, que estava com ela na noite do crime, foi ouvido um vigia do Pronto Socorro. Ele acompanhou momentos em que Rubiana e Vinícius discutiram, na porta da casa dela, no bairro Todos os Santos, na madrugada do dia 22 de julho de 2006. As outras testemunhas da acusação foram dispensadas, como o taxista que levou Vinícius enquanto fugia para Mar de Espanha, na zona da mata mineira. Pela defesa, foram ouvidas cinco pessoas que conheceram Vinícius, como professores e vizinhos, que acompanharam seu período como estudante e morador de Manhuaçu. Eles destacaram o comportamento do jovem na cidade.
DEBATES
Na parte da tarde, com todas as testemunhas já ouvidas, começam os debates entre acusação e defesa. O Ministério Público atua no caso com os promotores Fábio Santana e Geanninni Miranda e o advogado Reinaldo Magalhães, como assistente da acusação. A defesa é conduzida pelos advogados Roberto Gomes e Alex Barbosa.
O julgamento de Vinícius é um dos primeiros na Comarca de Manhuaçu desde que entrou em vigor da Lei 11.689, de 9 de junho de 2008, que altera o Código de Processo Penal na parte relacionada ao rito dos júris populares.
Antes da lei, os debates orais somavam cinco horas divididas em duas primeiras para cada parte e 30 minutos de réplica mais 30 de tréplica. Permanecem as 5 horas, mas a divisão é de 1h30 para a explanação inicial de cada parte e 1 hora de réplica mais 1 hora de tréplica.
No ritmo que o julgamento segue, caso os debates durem o tempo permitido, a sentença deve ser pronunciada no início da noite desta quarta-feira.
Eduardo Satil / Carlos Henrique Cruz

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