sábado, 27 de agosto de 2011

Carga pesada vai complicar BR-262 hoje em Manhuaçu


Uma operação realizada na tarde desta sexta-feira (26) no entroncamento das rodovias BR 262 e BR 116 paralisou o trânsito por trinta minutos no distrito de Realeza, em Manhuaçu. A passagem de quatro carretas que estão transportando torres atmosféricas para separação de petróleo pelo trevo de Realeza é apenas o início do que será vivenciado pelos moradores de Manhuaçu neste sábado, Reduto, Martins Soares e Ibatiba (ES) no início da próxima semana.

As carretas chegaram a Realeza por volta das 15 horas e a travessia teve início às 15h15, se completando às 15h45. A partir daí, as carretas saíram da BR 116 e tomaram o sentido de Manhuaçu pela BR 262. Elas seguem de Ipatinga, onde as torres foram produzidas, até Vitória/ES, onde serão colocadas em um navio que as levarão ao destino final, que é Recife/PE.

Após a passagem das carretas por Realeza, houve um congestionamento por mais 20 minutos no entroncamento, devido à retenção dos veículos. E pela rodovia até chegarem a Manhuaçu onde elas iriam pernoitar, foram gastos uma hora e cinco minutos para percorrer os doze quilômetros, causando uma fila de veículos de aproximadamente oito quilômetros atrás delas.

As torres atmosféricas são os equipamentos mais importantes de uma unidade de destilação de óleo cru em uma refinaria. Elas foram produzidas em Ipatinga pela Usiminas, sob encomenda da Petrobrás, para a Rnest, Refinaria do Nordeste, ou Refinaria Abreu e Lima, localizada no município de Ipojuca (região metropolitana de Recife) em Pernambuco, no Complexo Industrial Portuário de Suape. Este complexo é considerado atualmente o mais completo polo para a localização de negócios industriais e portuários da Região Nordeste.
 
Transporte das torres

Cada torre é fixada em um reboque com 18 eixos contendo 08 rodas em cada eixo, que é puxado por dois cavalos projetados para transportes de carga pesada. Somando-se as rodas dos cavalos e dos reboques, todo o comboio totaliza 676 rodas, sem contar aí os veículos de escolta que acompanham os caminhões.

O comboio saiu de Ipatinga por volta das 12 horas de sexta-feira (19), levando sete dias para percorrer um trecho de pouco mais de 200 quilômetros, já que foi necessário passar por Governador Valadares.

Para José Monteiro Neto, supervisor de transportes da empresa que está transportando as torres, a previsão é de que a chegada ao porto de Vitória ocorra dentro de nove dias, desde que não haja nenhum imprevisto. Segundo ele em cada comunidade existem casos específicos que tornam necessárias as tomadas de medidas que permitam a passagem dos caminhões. É preciso efetuar desvios, como no caso do viaduto que corta a rodovia BR 116 com sentido a Ipatinga, pois as torres não passavam por baixo do viaduto. São necessárias também as retiradas de placas de sinalizações, de semáforos, de cabos de energia, de telefones e de TVs a cabo. Para isso existem três equipes de profissionais das empresas de telefonia e de energia elétrica que acompanham o comboio, preparando o trecho por onde as torres irão passar.

“Para passar pelo perímetro urbano de Caratinga nós levamos quase um dia inteiro para realizar a travessia, pois havia muitos cabos elétricos e de telefones para retirar e essas paradas é que tornam a viagem mais longa, pois não tem como prever o tempo que se gastará em cada localidade”, disse José Monteiro, apontando alguns problemas característicos de cada cidade existente às margens das rodovias.

Travessia por Manhuaçu
Carretas passaram a noite no pátio da Fertilizantes Heringer
As carretas fciaram estacionadas próximas a uma fábrica de adubos na entrada da cidade com a retomada da viagem no início da manhã deste sábado. De acordo com o supervisor, atravessar todo o perímetro urbano de Manhuaçu levará em torno de cinco horas, com previsão de início por volta das 08 horas e conclusão às 13 horas. “Nossa equipe já está adiantando a retirada dos cabos e semáforos hoje à noite para que a saída ocorra dentro

Portal Caparaó

Nenhum comentário: