quinta-feira, 6 de junho de 2013

CAPUTIRA: Finalista de concurso, chef quer apresentar sabor mineiro a Psy

Aos 30 anos, o chef mineiro Ricardo Caput tenta controlar a ansiedade com a possibilidade de viver um novo desafio no mundo da gastronomia. Nascido em Caputira, cidade da Zona da Mata com pouco mais de 9 mil habitantes, ele é um dos finalistas do concurso “Psy needs a chef” (Psy precisa de um chef), promovido pelo dono do hit “Gangnam Style” e uma rede de restaurantes. “Estou muito confiante, tentando controlar a ansiedade, mas sem deixar de trabalhar, sem contar vitória”, diz Caput, que lidera a votação pela internet, da qual também participam um americano e um coreano.


O ganhador do concurso passará por um treinamento de duas semanas na Coreia do Sul e depois acompanhará Psy por uma turnê nos Estados Unidos. Se for eleito cozinheiro particular do pop star, Ricardo Caput pretende lhe apresentar o sabor de Minas Gerais. “Se eu tiver a oportunidade, eu vou querer mostrar algumas coisas daqui. Não sei se eu faria um prato, ou se iria cozinhar livre igual eu faço e usar temperos, coisas mineiras. Mas de cara, faria um pão de queijo”, adianta.

Hoje à frente da cozinha de um “bistrô metido a boteco”, segundo definição de um dos proprietários, o mineiro, que mora em Belo Horizonte, já viajou o mundo como chef. Cansado da rotina de estudante de direito, em 2004, trancou a faculdade e se mudou para a Inglaterra, onde se aventurou pela primeira vez em um restaurante. De lá para cá, estudou gastronomia, trabalhou em um navio, passando por países banhados pelo Atlântico e pelo Mediterrâneo, e fixou morada na Oceania, mais precisamente na Nova Zelândia, antes de retornar à capital mineira.


Para chegar entre os três finalistas do concurso, o chef mineiro criou um prato – uma salada de folhas, salmão desidratado, chips de batata baroa, carambola, flor comestível e molho de maracujá – e, claro, aprendeu os tradicionais passos de Psy (Veja, no vídeo, a receita e a dança).  Essa mistura gastronômica e dançante foi registrada em uma gravação irreverente, feita por uma produtora mineira na cidade de Juiz de Fora e enviado à organização (veja o site do concurso).
“Comecei a pensar em como fazer um vídeo diferente, cada dia que passava, eu queria fazer melhor. Lembrei de um amigo, que é dono de uma produtora de vídeo. E, nessa conversa, ele me colocou mais entusiasmo ainda. E ele falou: ‘vamos fazer um negócio para ganhar, um negócio para chamar a atenção’. E ali comecei a ficar mais e mais entusiasmado com a ideia, até que a gente foi filmar. Quando foi filmar, que eu estava todo caracterizado e já com várias ideias de roteiro na cabeça, com os equipamentos, colocando o microfone e luz, foi só encarnar o Psy, brincar e me divertir pelas ruas de Juiz de Fora”, conta.
E se o objetivo era chamar a atenção, Caput conseguiu e chegou à segunda fase da disputa. Segundo ele, o primeiro momento após receber a notícia que havia sido classificado foi de pura felicidade, uma espécie de recompensa pelo trabalho, que, apenas pela diversão, já tinha valido a pena para o mineiro. “Foi uma empolgação muito grande, mas durou duas horas. Depois, começou a preocupação do que eu vou fazer agora. Agora, eu estou na final. Sou eu e mais dois, e é para ganhar. A coisa ficou séria”, pontua.  Para esta etapa final, o mineiro precisou produzir outros três vídeos: o primeiro com sua apresentação, o segundo mostrando sua “habilidade” com a dança, e o terceiro, que ainda não foi divulgado no site do concurso, fazendo um prato que leva produtos orientais.

A palavra final na escolha é de Psy, mas o voto de internautas, conforme consta nas regras do concurso, tem peso de 60%. E na votação, Caput tem contando com o empenho de diversos amigos mundo a fora e, especialmente, com uma ajuda que vem de casa. Ele afirma que a mãe Rosângela não sai mais da frente do computador. “Minha mãe está aposentada hoje, ela foi professora por muito tempo, mas a profissão dela hoje é social media. Minha social media particular”, brinca.

Fonte: G1

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