segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ex-prefeito de São João do Manhuaçu é preso

O ex-prefeito de São João do Manhuaçu, José Miranda Barbosa (Zé Braz), 71 anos, foi preso na tarde desta sexta-feira, 05, no Centro de Manhuaçu. A prisão preventiva dele foi decretada pela Justiça Criminal da Comarca baseada em suspeitas de que ele foi o mandante do assassinato do Presidente da Câmara de São João do Manhuaçu, Américo Gonçalves Courradesqui, em julho do ano passado.

Segundo o delegado Getúlio Lacerda, o mandado de prisão preventiva foi expedido no final da tarde desta quinta-feira. “O Ministério Público entendeu que havia motivos suficientes e solicitou a prisão preventiva do senhor Zé Braz. Nós o localizamos e fizemos a prisão quando estava no Centro, próximo ao Fórum, para fazer uma movimentação bancária”, explicou.

O delegado ainda destacou que o inquérito policial ouviu dezenas de pessoas, utilizou interceptações telefônicas e outras pistas durante os levantamentos realizados pelas equipes da Polícia Civil de Manhuaçu e de Belo Horizonte. “Nós não podemos falar muita coisa em relação ao inquérito. Eu só posso dizer que temos três pessoas presas por envolvimento de alguma forma no crime. O ex-prefeito é acusado de ter sido o mandante do crime e teria motivações políticas para isso”, detalhou.
Na delegacia, advogados acompanhavam o ex-prefeito e alguns familiares. O tempo todo tentavam encobrir o rosto de Zé Braz e impedir que a imprensa fotografasse ou filmasse a condução dele até o SUS para exames. Conforme diagnóstico, o ex-prefeito foi internado no Hospital César Leite com escolta policial devido ao quadro médico de saúde.

Zé Braz foi prefeito de São João do Manhuaçu entre 1993 e 1996 e depois entre 2005 e 2008. Ele perdeu a reeleição para o terceiro mandato. O Presidente da Câmara, Américo Courradesqui, era um combativo opositor ao governo dele. 

DOIS OUTROS PRESOS

Já estão presos José Gilmar Fernandes Praça (Gil Pé de Bicho), 28, e o sobrinho dele Cleidimar de Praça Freitas, 19. Gil, desde o dia do crime, fugiu e ficou quase dois meses em Itatiba (interior de São Paulo) até que foi preso ainda com a arma do crime. Cleidemar deu suporte ao tio e fio detido no mesmo dia do crime.

Carlos Henrique Cruz

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