A Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e os representantes do Comando
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) chegaram na
noite desta sexta-feira (14) a um acordo para encerrar a greve dos
bancários, que teve início no dia 27 de setembro.
Segundo Carlos Cordeiro, presidente da Contraf e coordenador do Comando
Nacional dos Bancários, a Fenaban apresentou proposta de 9% de reajuste
sobre salários, retroativos a 1º de setembro, e 12% de reajuste no piso
da categoria, que passa de R$ 1.250 para R$ 1.400 para a função de
escriturário.
Também houve avanço na discussão sobre a Participação nos Lucros e
Resultados (PLR). A partir de agora, cada trabalhador poderá receber até
2,2 salários mais R$ 2.800 por ano (contra 2,2 salários mais R$ 2.400).
"Para a gente é um resultado positivo porque o grande debate, o
principal entrave, era em relação ao reajuste. Agora teremos 1,5% de
aumento real", disse Cordeiro. A proposta anterior da Fenaban era de
aumento de 8%, o que resultaria num ganho real de 0,56%.
Em relação ao piso da categoria, o aumento real foi de 4,3%, segundo o
presidente da Contraf. Será o oitavo ano consecutivo que os
trabalhadores do setor terão aumento real.
"Este foi um processo de negociação bastante longo, mas que finalmente
levou a um acordo entre as partes, construído na mesa de negociação",
disse, em nota, o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus
Apostólico.
Os dias de paralisação não serão descontados e serão compensados até o
dia 15 de dezembro, segundo a Contraf. Como em anos anteriores, eventual
saldo após esse período será anistiado.
Assembleias
Os sindicatos estaduais precisam aprovar a proposta em assembleias, previstas para ocorrer na segunda-feira."Vamos orientar os sindicatos a aceitar a proposta", afirmou Cordeiro. Se o acordo for aprovado pela maioria dos cerca de 140 sindicatos da categoria, os bancários retornam ao trabalho na terça-feira (18).
De acordo com a Fenaban, o auxílio-refeição será de R$ 19,78 e a
cesta-alimentação passa para R$ 339,08 por mês, além de 13ª cesta no
mesmo valor. O auxílio creche mensal será de R$ 284,85 por filho até 6
anos.
G1
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