quinta-feira, 30 de abril de 2009

DURANDÉ: Polícia prende tranficante perigoso do Rio

A polícia vai investigar a compra do Sítio Figueira, onde o traficante Márcio da Silva Lima, o Tola, estava escondido em Durandé. Considerado um dos chefes de tráfico na zona oeste do Rio de Janeiro, ele foi preso sexta-feira, 24, pela manhã, na região do Córrego dos Lemos, na zona rural. A propriedade, onde ele estava desde o dia 18 de abril, tem 19 hectares, o que equivale a 190 mil metros quadrados.
Tola era chefe do tráfico nas comunidades de Senador Camará e Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste, mas se afastou de seu reduto depois que os líderes da facção Terceiro Comando Puro (TCP) Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, e Nei da Conceição Cruz, o Facão, receberam o benefício do trabalho extra-muros, no início deste mês, e não voltaram para a cadeia. Tola, então, sentindo-se ameaçado, levou a família para o sítio comprado em nome dos sogros.
15 MIL PÉS DE CAFÉ
A propriedade foi comprada em maio de 2006 por R$ 38.068, de acordo com a escritura registrada no cartório da Comarca de Manhumirim, município de Durandé. À época, a fazenda tinha 15 mil pés de café em produção. De acordo com dados do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, declarado à Receita Federal, em 2007 o sítio valia R$ 39.362,72.
Ao ser preso na manhã de sexta-feira, em Durandé, interior de Minas Gerais, o traficante Márcio da Silva Lima, o Tola, 35 anos, ainda tentou reagir. Mas mancando por causa de um tiro de fuzil que recebeu na perna esquerda, acabou se entregando aos agentes da 38ªDP (Brás de Pina). Tola, um dos bandidos mais procurados do Rio, chegou à cidade no início da noite de sexta-feira, 24/04.
Os agentes prenderam o traficante após passar 24 horas dentro de dois carros, vigiando a casa onde ele estaria escondido, numa fazenda de café. Foram seis meses de investigação até chegar à pequena cidade de 6 mil habitantes.
O Disque-Denúncia oferecia R$ 2 mil por informações que levassem ao paradeiro do traficante. Bandido sanguinário, Tola chegou a manter em cativeiro dois Jacarés do Papo-Amarelo, que foram apreendidos em uma operação na Favela da Coréia. Segundo a polícia, os animais eram usados para amedrontar as vítimas de sequestro-relâmpago que eram levadas para a comunidade. Os animais seriam alimentados com pedaços de corpos dos inimigos do traficante.
Fonte: Jornal O Dia

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